domingo, 6 de dezembro de 2020

"paragem" de vida.


 

Todos temos a nossa perspetiva sobre as “coisas” e “acontecimentos”...a minha sobre a sinistralidade rodoviária é muito própria e de forte indignação.

É um problema social que está presente no meu pensamento diariamente... muitas vezes de forma “rezingona”, porque é um assunto muito sério que é encarado muitas vezes com muita leviandade  na sociedade em geral, alerto os meus “alunos” para este flagelo social.

Alerto para tudo o que o acidente pode “roubar”  e condicionar na vida...a morte é o desfecho terrível mas não menos terrível são as incapacidades fisicas...as limitações que ficam para sempre como consequência desta “fatalidade”.

Digo que sinto uma forte indignação...porque vejo a sinistralidade rodoviária a ser encarada como uma fatalidade inevitável.

Será que é assim tão inevitável?

Lamentamos...choramos...ficamos numa enorme tristeza quando acontece e as consequências são trágicas.  Mas, a sensação que fico é que esta fatalidade, é encarada como se nada pudesse ter sido feito para evitar.

Será que nada pode ser feito?

E, é neste ponto que a minha indignação se evidencia. Obviamente, que a eliminação total da sinistralidade rodoviária é uma utopia...é um “sonho” que nunca será realidade.

Mas no “evitar” há muito para ser feito...no diminuir a gravidade das consequências há muito para alcançar.

Há uma enorme falta de CONSCIENCIALIZAÇÃO na sociedade em geral.

Existe um enorme “progresso” nos veículos…cada vez mais sofisticados nos elementos de segurança ativa e passiva de forma a proteger e evitar o acidente rodoviário.

As vias e a sinalização estão a um nível inferior relativamente aos dos veículos...mas também tem evoluído.

Mas a CONSCIENCIALIZAÇÃO na partilha do ambiente rodoviário...está muito aquém do que seria esperado é, praticamente, nula...é urgente CONSCIENCIALIZAR!!!!

Temos tendência a facilitar e até a menospreza o que se torna “corriqueiro” na nossa vida e no dia a dia...e conduzir um veículo, seja ele qual for, é “corriqueiro” para praticamente todos nós. Neste sentido o “ato de conduzir” é totalmente desvalorizado.

Uma desvalorização generalizada...de entidades e de profissionais com responsabilidades acrescidas neste assunto e, igualmente, de uma sociedade.

Está completamente desvalorizado “o berço” do conduzir. Por  alguns profissionais e, igualmente,  por quem procura uma formação facilitadora em vez de uma formação exigente e responsável.

É completamente desvalorizado o EDUCAR para a segurança rodoviária de forma a ser desenvolvida uma cultura de prevenção em todas as faixas etárias.

Há tantas famílias destroçadas...Há tantas lágrimas que podem ser evitadas...há tanto sofrimento a prevenir...Há tantas vidas a serem poupadas...Há tanto a exigir a todos nós!!!

Há muito a fazer...um enorme caminho a percorrer.

Estamos sempre a tempo de sermos MELHORES e de apelar à nossa RESPONSABILIDADE para minorar esta terrível destruidora de “sonhos”...esta, muitas vezes, fatal doença social...esta "paragem" de vidas.

Paula Rosas

domingo, 15 de novembro de 2020

Dia Mundial em Memória das Vítimas da Estrada


 

Dia Mundial em Memória das Vítimas da Estrada

Anualmente ao terceiro domingo do mês de Novembro relembra-se  de forma particular as “Vitimas da Estrada”.

A sinistralidade rodoviária que eu apelo como uma doença social...destrói vidas...destrói sonhos...destrói corações...

São “partidas” precoces...São interrupções que, de certa forma, podiam ser evitadas.

Partilhar o ambiente rodoviário é um ato de ENORME RESPONSABILIDADE.

Mas, infelizmente, a sociedade considera um “ato” banal... daí vem o “descuido” e o não evitar o que poderia, muitas vezes, ser evitado – o acidente.

Existem ENORMES  e muitas  falhas neste sentido – sinistralidade rodoviária – tanto que há a fazer!!

Estou profissionalmente na base do muito desejado ter a “carta de condução”. E neste patamar são imensas as “falhas” com as quais tento sobreviver diariamente.

NÃO vergo...NUNCA vergarei...mas também sou muito “pequenina” para conseguir alterar o que a sociedade aceita como “norma”. E tudo está tão enraizado...mas tão enraizado (!) que quando desejas fazer “algo”...és logo “eliminada”.

Tantas “falhas”!!!! Tanta irresponsabilidade!!

O acidente rodoviário parece-me que é encarado na sociedade como inevitável...mas não!!! É evitável o quanto cada um de nós quiser.

É necessário uma maior SENSIBILIZAÇÃO social sobre este assunto...É necessário uma maior RESPONSABILIZAÇÃO social...É necessário uma maior SERIEDADE social...e, certamente, que muitas vidas se podem poupar no amanhã.

Hoje, neste “Dia Mundial em Memória das Vítimas da Estrada” recordo particularmente o Miguel uma das vitimas desta doença social.

Pelo Miguel e por todos os que ficaram com as suas vidas “interrompidas”... temos a obrigação de sermos mais RESPONSÁVEIS e de combater esta doença social.

Paula Rosas



sábado, 25 de julho de 2020

OVAR


Dia do Município de Ovar

Todos os locais têm encanto quando estão no coração...Ovar faz parte do meu há muitos muitos anos...desde sempre.

É um orgulho dizer que nasci em Ovar...sempre foi!

Sentir ORGULHO um enorme ORGULHO...não quer dizer que se sinta uma felicidade plena...por vezes orgulho também pode ser uma certa tristeza...e é assim que sinto.

Um enorme ORGULHO com alguma  tristeza.

Porque quando amamos algo queremos o MELHOR...queremos TUDO que possa estar ao alcance.
E, esta é a minha tristeza...Ovar não tem tudo o que pode alcançar.

Ovar pode SER/TER mais e MUITO mais.

Ovar é uma cidade encantadora...com uma beleza deslumbrante...com paisagens de sonho...

Ovar precisa, apenas, de ser CUIDADA com mais carinho...CUIDADA com mais delicadeza...CUIDADA com mais  mestria...

Ovar....no meu coração é PERFEITA!

Paula Rosas

domingo, 19 de julho de 2020

“TESTEMUNHO”





A vontade deste “testemunho” é algo que sinto a algum tempo.

Tenho adiado essa vontade...deixar para aquele “eterno” amanhã. Aquele amanhã que não sabemos se algum dia vai chegar porque temos a incerteza se o devemos ou não fazer.

Hoje decidi iniciar...Porquê hoje?
Porque hoje sinto a desilusão mais forte...Porque hoje tentam  silenciar-me...Porque hoje não quero perder a coragem para o fazer...Porque sei que depois de começar vou até ao fim.

Tenho paixões intensas...sou assim.

Quando gosto...gosto mesmo!! Aquele gostar que até doí...Aquele gostar que nos “preenche” e que nos “ilumina”...Aquele gostar que nos “cega”.

Não consigo gostar de outra maneira!

E, a vida tem sido muito generosa...coloca no meu “caminho” grandes paixões.

Uma dela é a minha paixão profissional...ser instrutora de condução automóvel.

Quando comecei a ter este “gosto”? Não sei.
Talvez quando iniciei a minha formação prática para a carta de condução. Nunca tinha tentado conduzir. Confesso que a minha primeira aula foi um “susto”.

Quando sentei pela primeira vez naquele banco de condutor, pensei...como vou conseguir colocar esta “máquina” a circular e controla-la? Achei que nunca ia conseguir.

Naquela altura, 1986, não havia muita pedagogia no ‘dar aula de condução’.  Não estou a criticar os profissionais da altura, não estou! Mas era assim.

Para ser instrutor naquela altura não era necessário uma formação muito especifica. Ensinavam o melhor que sabiam e nada tenho contra o instrutor que me ensinou.

Mas a minha primeira aula de condução foi um “terror”. Foi muita informação de uma só vez. Acelera...carrega na embraiagem...faz pisca...olha para os espelhos...olha o sinal...não vês o peão?...trava rápido!...olha o vermelho!...acelera...

Sai da aula com a certeza que nunca ia conseguir...era muita coisa ao mesmo tempo e eu não  conseguia coordenar. Fiquei muito desiludida comigo e com vontade de nunca mais aparecer na escola de condução. Mas sou teimosa e lá apareci para as próximas aulas de condução.

Depois do “susto” inicial fui, completamente, assolada pelo fascínio de conduzir. O final daqueles 50 minutos de aula era uma tristeza...eu queria mais tempo...eu queria que a aula durasse mais e muito mais!

Chegou o dia do meu exame de condução, 12 de Março de 1987. Todos os anos “celebro” este dia, mesmo que o faça sozinha. Mas celebro!


Estava nervosa, naturalmente! Fui a exame com um colega que ainda estava mais nervoso que eu. Pediu para ser o primeiro e eu cedi.

Fiz um exame que considero “bom”...descontando uma tangente que fiz a um veiculo estacionado que deixou o examinador, Engº Carvalho, bastante irritado. Fiquei aprovada com a promessa que não faria mais tangentes a nada.


O longe fica perto quando nos deslocamos num automóvel...uma sensação de liberdade...uma sensação do agora estou aqui mas daqui a pouco estou  acolá.

Penso que foi neste sentimento de  liberdade que se baseou o meu querer ensinar a conduzir. O contribuir para que o outro também pudesse alcançar esta magnifica sensação de “correr” de um lugar para o outro.

Tive de esperar 2 anos para poder fazer a inscrição num curso. Fiz o primeiro curso financiado pela CEE (Comunidade Económica Europeia) na Escola de Condução Santa Joana em Aveiro. Tinha um horário “laboral” de 8 horas diárias durante 3 meses.

Foi um momento da vida que guardo boas recordações.  Fiz uma amizade mais profunda com a Ângela. Ainda hoje temos contacto e sei que ela nutre o mesmo carinho que tenho por ela.

Para obter a licença de instrução naquela altura tínhamos de prestar 3 exames. Primeiro o exame prático, depois o escrito e por último o oral.

Reprovei no exame oral...aliás reprovamos as duas, eu e a Ângela. Estava muito nervosa! O meu exame foi caricato. Só dei hipótese de me fazerem uma única pergunta...e bloquei!

Mentalmente ficou tudo branco. Penso que nem o nome sabia se o questionassem.

A pergunta era básica e eu, apenas, consegui sorrir!
“Defina e exemplifique a regra geral da prioridade”

Numa era em que os computadores não eram muito usuais...tinha de desenhar num quadro um cruzamento, colocar dois veículos e dizer que passava em primeiro lugar o da direita.

Não fiz, nada! Apenas, sorri!
O presidente do júri, voltou a repetir “Defina e exemplifique a regra geral da prioridade”...voltei a sorrir!

Recordo que  o Senhor que presidia o júri foi simpático, disse: “Oh menina! Tem um sorriso lindo mas não chega...tem de vir cá para a próxima e falar”.

Chorei...chorei desalmadamente! Tinha de recuar. 
Voltar a fazer exame escrito para, novamente, fazer exame oral. Fiquei desolada. Pensei que o meu sonho não seria concretizado.

Mas ser teimosa, também, pode trazer vantagens! Não deixei a desilusão derrotar-me. Recuei propus-me ao exame escrito e novamente ao exame oral. O segundo exame não foi brilhante mas consegui - falar!

Nesta fase foi muito importante o apoio da Ângela. Ela estava a ter o mesmo percurso que o meu. Fomos um bom amparo uma para a outra. 
Realizamos o nosso sonho e conseguimos a licença de instrução.

A 27 de Julho de 1990 o sonho torna-se realidade. Naquele dia não tive a noção que a vida oferecia-me um presente “envenenado”. A minha “rosa amarela” veio com, alguns, espinhos.
(continuação)
Paula Rosas

terça-feira, 7 de julho de 2020

SENSIBILIZAR





Existe uma evolução natural em tudo...evoluímos  como humanos...e, TUDO evolui a um ritmo estonteante...

Talvez por isso, para mim , é completamente incompreensível a sinistralidade rodoviária “roubar” vidas...”roubar” sonhos...”roubar” sorrisos...”roubar” alegrias...

Temos a sinistralidade rodoviária a pesar 1,2% do Pib devido a todas as  consequências trágicas, humanas e sociais; a nível humano, com mortes, internamentos e tratamentos prolongados e incapacidades permanentes;  a nível social, com elevados custos socioeconómicos.

  Parte deste valor, que paga desgraças, não devia ser gasto em prevenção e em educação rodoviária?

Eliminar a sinistralidade rodoviária na totalidade é de todo impossível...é uma utopia...mas pode ser minimizada em grande escala.

Sabemos que a segurança depende de CADA UM DE NÓS e na responsabilidade dos nossos comportamentos como utentes rodoviários...mas o ser humano por natureza vai desvalorizando o que se torna rotina...e a grande verdade é que temos muitos condutores a 'guiar' e poucos a 'conduzir'.

Se a nossa “evolução” (inconscientemente) como condutores finca no 'guiar'...há que ALERTAR...há que CONSCIENCIALIZAR.

Não adianta o investimento nas infraestruturas rodoviárias...nas tecnologia dos veículos...se quando nos deparamos com o que o HOMEM pode fazer...muito pouco é feito!

A segurança rodoviária não pode ser desvalorizada...não pode ser tratada com a leviandade que assistimos.

Existem responsáveis  diretos e indiretos nesta problemática que têm a obrigação de fazer muito mais e muito melhor.

Tem de haver uma maior atenção na sinalética (existem autênticas aberrações!)...tem de haver uma atenção especial na prevenção através de todos os meios ao dispor como campanhas, Workshop, palestras, seminários...o que queiram chamar (!) abrangente a toda a população com o intuito de SENSIBILIZAR de forma gratuita.

Há metodologias para poupar vidas.e combater esta doença social.

Paula Rosas

domingo, 5 de julho de 2020

Educar...Prevenir...




A sinistralidade rodoviária, uma doença social que de forma abrupta ceifa vidas,  pode ser minimizada.
Esta é a minha convicção...Esta é a minha revolta...
Muito pode ser feito...e nada é feito! E, o “muito”, por vezes, é tão simples! A simples colocação de um sinal,  de iluminação, de uma lomba... pode alterar um local com potencialidade de ser “perigoso”.
Não há uma preocupação VERDADEIRA com a segurança rodoviária. É, completamente, negligenciada por todos os governantes...todos. As autarquias locais também em nada contribuem!
Quantas autarquias têm uma comissão de segurança rodoviária? Quem promove  a colocação sinalética...quem são os “decisores”? Quantos “palestras”...”workshop”...”seminários” sobre educação rodoviária...foram feitos, por exemplo, a nível local, nos últimos 10 anos, para a comunidade??
Não pensem que ignoro a responsabilidade das Escolas de Condução em que a sua maioria, apenas, tem o objetivo de “vender” cartas de condução e não têm a preocupação da formação!
Não pensem que ignoro a responsabilidade da sociedade em que a sua maioria quer obter a “carta de condução”, a qualquer custo,  recorrendo aos “facilitismos” e alimentam uma “prática comum” há décadas!
Debato em toda a minha vida profissional com as “incongruências” do setor... a instrução automóvel é a  minha “paixão" profissional mas, também, é a minha enorme desilusão!
Urge uma consciencialização  sobre educação rodoviária que se mostra uma necessidade pessoal e social permanente para todos ao longo da vida...e que decerto diminuirá a sinistralidade.
Não é suficiente   um dia sobre educação rodoviária nas escolas...é importante mas não chega!
A educação rodoviária deve chegar a todas as faixas etárias...de forma a sensibilizar e consciencializar acerca do perigo de certos comportamentos e do “risco” que representam para si e para os outros.
A prevenção rodoviária deve ser implementada por cada autarquia através de um ordenamento territorial ao nível do trânsito.  
Não é aceitável tanta passividade quando podem ser poupadas muitas vidas!
Apelo aos responsáveis pelo município uma atenção sobre este “tema” que se mostra imperativo para o bem-estar rodoviário de todos...se o “evitar” está ao alcance temos a obrigação de o fomentar!
"Uma pessoa inteligente resolve o problema, um sábio o previne. " Albert Einstein

Paula Rosas

domingo, 7 de junho de 2020

Valorização do Ensino de Condução Automóvel


O ensino de condução automóvel está a cargo das Empresas Exploradores de Escolas de Condução (EEEC).

As EEEC têm como missão social desenvolver competências dos candidatos a condutores de forma a serem condutores seguros e responsáveis e, que contribuam para a segurança rodoviária. 

Este setor profissional debate-se há muito com inúmeras dificuldades nos mais diversos níveis da sua atividade. Estas dificuldades podem inibir um desempenho eficiente e comprometer a sua responsabilidade social.

Para uma valorização do setor torna-se necessário um ajuste normativo e social relativamente aos seguintes aspectos:

  • A existência de dois Contratos Coletivos de trabalho para o mesmo sector – um entre a ANIECA e FECTRANS outro APEC e FECTRANS – que contemplam tabelas salariais com discrepâncias consideráveis;
  • Baixos salários e horários excessivos (muito para além das 40h/semanais);
  • Dedutibilidade  do iva da totalidade dos combustíveis - no momento só é dedutível 50% do iva do combustível gasóleo e a gasolina 0%; 
  • Isenção de IUC para veículos licenciados para a instrução;
  • Linha de crédito para apoio as EEEC;
  • A  impugnação na praticabilidade de valores “lowCost” para a formação de obtenção de titulo de condução - A “livre concorrência” concedida na  Lei 14/2014 de 18 de Março, art. 24.º n.º 2 em nada dignifica o setor. Os valores praticados muito abaixo do custo/instruendo contribui para uma forte debilidade setorial, pelo que se justifica a fixação de:
               -  Taxas obrigatórias;
       -  Valor por aula/teórica e aula/prática.

O regime jurídico do ensino da condução está regulamentado na Lei n.º 14/2014 de 18 de Março  e na Portaria n.º 185/2015 de 23 Junho e para as quais alerto o seguinte:
  • Lei n.º 14/2014 de 18 de março.
           - Ensino à distância  - Art. 6.º, n.º 2, alinea c)  “Módulo de teoria da condução, que pode ser realizado com recurso a formação à distância (...)” - Até à data não existe nenhuma plantaforma certificada  para o cumprimento deste artigo.
        -  Monitorização aulas práticas – art.º 6.º, n.º 5, “no ensino prático de condução, o candidato a condutor deve cumprir, cumulativamente, o número mínimo de horas de condução e quilómetros percorridos, a registar em equipamento próprio (...”) - Devendo aqui existir uma fiscalização mais assertiva e direcionada ao cumprimento deste normativo.
  • Portaria n.º 185/2015 de 23 junho.
          - Art. 6.º, n.º 3 “Os módulos referidos no n.º 1 devem ser ministrados após o candidato a condutor ter frequentado, no mínimo, metade das horas de formação prática obrigatória.” - A metade da formação prática exigida para o inicio do modulo teórico-prático mostra-se desajustada  causando uma dispersão na evolução da aprendizagem. O ensino simultâneo (teórica e prática) deve contemplar apenas 1/3 do numero mínimo de aulas práticas obrigatórias.
         - Art. 7.º, n.º 4 alinea a) categoria A1 12h de condução e 120km - Atendendo que a idade mínima para esta categoria é 16 anos, o numero de horas de formação prática é insuficiente para incutir toda a responsabilidade que exige a condução de um motociclo.

São passos curtos mas determinantes para a  valorização  social e económica das EEEC.
Paula Rosas

sexta-feira, 10 de abril de 2020

Instrutores '&' Proprietários


Instrutores '&' Proprietários 

Um setor  verdadeiramente “Sui generis”!
Um setor completamente “à deriva”!!
Um setor inteiramente ignorado socialmente!
Um setor integralmente sem valorização social!

Tendo em conta um pouco da sua história.
No passado...muito lá atrás era um setor “promissor” em que meia dúzia de industriais “reinavam” controlavam tudo e todos...desde os primórdios que a honestidade não era uma característica predominante.   Foram construídos autênticos  “impérios”!
Depois veio a liberalização da abertura de escolas (e MUITO BEM!) e...foi o início de uma derradeira descida...até ao que hoje somos...NADA socialmente.

A cobiça pela “galinha dos ovos de ouro” e a falta de legislação...digo mais (!) de RESPONSABILIDADE pelos que nos tutelam (no Ontem, no Hoje e, infelizmente no Amanhã)  – o deixar andar “ao Deus-dará” – direccionou nos para a decadência onde Hoje nos encontramos.

Esta decadência é “alimentada” por todos nós!! Uns pela inércia outros pela usura!!

Como em todos os outros setores existem bons e maus profissionais...Como em todos os outros setores existem “tubarões” mal intencionados em que vale tudo.
Mas, somos todos nós que também o permitimos... deixamos que "eles" tomassem conta do “espaço” e de forma muito negativa (para todos!) - IMPERAM  - e, até com alguma “subtileza” empurram -nos para o abismo.

Com tantos e graves problemas que nos envolvem a todos, Instrutores '&' Proprietários,  vislumbro apenas uma saída – estarmos juntos!
Todos estes anos de "costas viradas" só proporcionou ainda mais "perdas". Temos muitos e bons profissionais que trabalham arduamente ignorando muitas vezes os "ganhos"...trabalham com BRIO  e ORGULHO na profissão que, apesar de tudo, ainda gostam. 

Só com um setor “saudável”...Só com um setor credível...Só com um setor respeitável...Só com um setor honesto...Só com um setor com dignidade...Só com um setor disciplinado...PODEMOS alcançar a VALORIZAÇÃO que tanto merecemos.

O alcance da “VALORIZAÇÃO”, a nível social e financeiro, tem um "só caminho”...esse caminho tem de ser percorrido com a união de  Instrutores '&' Proprietários.
É, óbvio que chegará a altura em que os “caminhos” têm de separar...é óbvio que nem todos os objetivos são comuns...mas até à separação ("caminhos") há muito “chão a palmilhar”!!

Com este objetivo proponho um grupo de debate relativamente aos problemas existentes...e quiçá analisar formas de iniciar este árduo caminho. Seguramente, que somos muitos os que lutam diariamente por um setor digno...mas igualmente estamos “sós”.

Neste grupo só deve aderir quem realmente concorda com a união de Instrutores '&' Proprietários. 
Não deve ser um grupo  de “lamechices” e “ataques” de uns para com os outros. 
Pretendo que seja um grupo em que reine o RESPEITO e a SOLIDARIEDADE.
A MISSÃO deste grupo é de despertar e desenvolver estratégias de valorização no setor.

A FORÇA vem da UNIÃO!
Paula Rosas