domingo, 13 de dezembro de 2015

(Des)valorizar - ensino de condução

 

 (Des)valorizar -  ensino de condução
Vivemos hoje, numa sociedade onde a crise de valores é cada vez mais evidente. Valores sociais (humanos, éticos e morais) fundamentais à convivência humana estão em decadência. O setor do ensino de condução automóvel, infelizmente, realça este grave problema social.  
As escolas de condução são o meio elegido para formar condutores. Cabe às Escolas de condução a responsabilidade da promoção de condutores seguros, no sentido pleno da palavra. O propósito das Escolas de Condução deverá ser formar condutores conscientes e capazes da própria segurança e da dos outros.
Se foi a sociedade que elegeu as Escolas de Condução para a formação de condutores é igualmente a sociedade que (des)valoriza esse papel social. (Des)valorização à qual se aclama com urgência legislação, pois de outra forma não será alcançada, que dignifique este setor de formação de condutores.
(Des)valorizar
(Des)valorização dos responsáveis públicos, direta e indiretamente, deste setor, ao qual inclui um vasto leque de entidades, assistirem a práticas concorrenciais duvidosas e nada fazerem.
O vale tudo… é a regra base do setor. Campanhas promocionais, de cartas de condução, com divulgação de preços muito abaixo do custo real acompanhadas por promessas de cartas em “1 mês” e ornamentadas por viaturas “gama alta” é a o apogeu do setor…estão ao dispor de apenas um clic no computador.
Como é possível preços que não cobrem o serviço prestado (e todos sabem que assim é!) da formação do condutor convergirem com viaturas de gama alta?? Depois assiste-se a notícias de práticas de corrupção no setor…qual a perplexidade?
Como é possível um assunto tão sério, como a formação de condutores, a segurança rodoviária - em que a sinistralidade rodoviária é um peso acrescido no PIB de qualquer país - ser negligenciado por quem tem o dever de o legislar de forma responsável e proteger os utentes rodoviários?
Urge a inclusão de tabelas de preços obrigatórias no regime jurídico do ensino de  condução, só assim será possível atingir a tão proclamada boa formação na legislação existente, condição imprescindível à segurança rodoviária.
(Des)valorizar
(Des)valorização de  alguns proprietários de Escolas de Condução que não se acanham dos meios para atingir os fins.
Uma empresa - como as escolas de condução com fins lucrativos - deve estar baseada em critérios como a sustentabilidade, que por sua vez, exige um alicerce de valores como a responsabilidade social, honestidade, transparência e o respeito. Somente, desta forma se pode prestar um serviço público - porque embora não nos seja atribuído, erradamente, prestamos um serviço publico! - que nos dignifique.
As Escolas de Condução não produzem “cartas de condução”, devem ter por missão a prestação de um serviço público responsável e educativo rodoviário de excelência, formando condutores seguros e conscientes.
(Des)valorizar
A segurança rodoviária requer uma valorização dos valores sociais como: Humanos, ou seja, ter consciência de que o ambiente rodoviário é de todos e para todos. O respeito pelo outro é fundamental para a partilha do ambiente rodoviário em segurança. Éticos e Morais que requerem uma reflexão sobre a sua ação, isto é, ser mais sensível e sensato das suas práticas. Consciencializar que as escolhas são fundamentais para o bem-estar social.
Valores estes que são fundamentais para “respeitar e venerar a Vida” dos utentes rodoviários! A nossa Vida.
(Des)valorizar!!!!!!!!!!!!!!
Paula Rosas


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