domingo, 19 de novembro de 2017

“Dia Mundial em Memória das Vitimas na Estrada”







Neste dia “Dia Mundial em Memória das Vitimas da Estrada” é impossível não sentir uma enorme angustia…uma enorme tristeza…uma enorme revolta.

É angustiante…é triste…é revoltante saber que tanto há para fazer no combate a esta “doença social” e ano após ano nada ou muito pouco se faz. Este ano segundo dados da ANSR a sinistralidade rodoviária, em Portugal, regista um aumento significativo bem como o número de mortes (o índice de gravidade que em 2016 foi de 1,3 este ano é 1,5).

As entidades com responsabilidades direta ou indiretamente por este tema, tão nefasto para a sociedade, parecem-me “adormecidas” embaladas num sono de muitos e muitos anos…não vejo nada de objectivo, de significativo a ser feito. Existem algumas campanhas de prevenção que não chegam nem a metade dos utentes rodoviários – são apenas campanhas para constar nas estatísticas perante a UE.

No que diz respeito ao ensino da condução (que não é de todo o único responsável por este problema mas tem um peso significativo) vive-se cada vez mais com uma leviandade arrasadora. Parece-me que vivemos numa “República das Bananas”. Sai legislação atrás de legislação (lei, decreto-lei, portarias, despachos…) - que é de todo impossível acompanhar tantas alterações (!) - muitas das vezes nem chegam a ser implementadas…são “exigências” atrás de “exigências” sem “pés nem cabeça” que em nada beneficiam a formação na obtenção da carta de condução e muito menos este grave problema da sinistralidade rodoviária.

Relativamente às Escolas de Condução e à formação de condutores…aí!…aí!…aí!

Alguém quer que seja uma formação responsável, rigorosa, exigente…que coloque condutores competentes nas estradas???

Infelizmente parece-me que não. Tenho conhecimento de causa suficiente para dizer que são muito poucos, aqueles que encaram este setor com responsabilidade, com a seriedade que é exigida. Iniciei esta minha profissão em 1990 e os “vícios” existentes nessa altura são hoje, ainda, o COMANDO deste setor. “Vícios” em que a sociedade encara como “normais” e quem não se submete são os “tontinhos da corte”!!!

As escolas de condução podem contribuir, e muito, para que estas mortes da estrada diminuam significativamente. As escolas de condução deviam ser consideradas “entidades de interesse público” seria um bom principio para combater a “palhaçada” que se constata na formação de condutores.

Que angústia!! Que tristeza!! Que revolta!!
O meu mais profundo lamento por todas as vítimas da estrada.

Paula Rosas

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