sexta-feira, 3 de abril de 2015

O "momento"...


Indicadores de desempenho


“Os exames de condução constituem um momento onde se pretende comprovar se a formação foi eficaz.” (IMT)

Um momentomomento… decisivo de avaliação da formação. 
Avaliação do candidato a condutor, da Escola de Condução e dos seus instrutores. 
Mas, de que forma é avaliado o “momento”?

Efetivamente deveria ser o “momento” de avaliar a formação conseguida do candidato a condutor, logo a qualidade da formação praticada pela Escola de Condução. Mas, como, se o “momento”, na grande maioria das vezes, depende do rigor (ou falta dele), da isenção (ou falta dela) e do humor do examinador. 

Rigor
Rigor, sempre desejável, prendido a critérios impostos por lei, no entanto aplicado mediante a individualidade do examinador que por sua vez está procedente da “particularidade”!

Isenção
Isenção do examinador…existe(?)…sim, existe…mediante a “particularidade”!

Humor
Humor é uma capacidade humana, que no “momento”, dependente da “particularidade”!

Como é possível “comprovar se a formação foi eficaz”, se a Escola de Condução tem qualidade de formação(!) - é o que tenta demonstrar os indicadores de desempenho - quando o “momento” está dependente da “particularidade”? E as escolas de condução alheias à “particularidade”?

A divulgação do desempenho das escolas de condução é uma tentativa, do IMT, de “clarear” este setor que está submerso numa imensa e antiga escuridão. Mas, lamentavelmente, parece-me que o efeito vai ser o oposto. O querer ficar bem na fotografia e a rotina da “particularidade” aumentará decerto o indicador de desempenho de uns, que é forjado e injusto relativamente a outros. 

A formação nas escolas de condução é de extrema importância para existência de condutores seguros e responsáveis. 

No entanto, os condutores seguros e responsáveis não dependem somente da formação nas escolas de condução. O “momento” é determinante!
Deve ser avaliado com responsabilidade, rigor e isenção. Para que os condutores que são aprovados, no “momento”, sejam realmente os tão desejados condutores seguros e responsáveis e não os que beneficiam da “particularidade”. 


Não é somente o “momento”….

Paula Rosas